Não existe foto alguma que possa representar a grandiosidade desse lugar. Só estando lá para ter noção. Começamos a planejar essa visita em torno de 4 meses antes. Pesquisando em diversos sites, surgiu a dúvida: visitaríamos a borda Oeste (mais próxima a Las Vegas, mas que não faz parte do Parque Nacional), ou a borda Sul (mais longe, mas pertencente ao Parque).
Após analisar várias opiniões, decidimos visitar esta última. No roteiro, iríamos de Los Angeles a borda Sul direto (que mais tarde acabamos encaixando a visita ao Joshua Tree Park no caminho). Uma das dicas que li, recomendava a hospedagem em um dos hotéis dentro do próprio parque (Grand Canyon Village). Entretanto, as reservas deveriam ser feitas com no mínimo 6 meses de antecedência, pois esgotavam rapidamente. Obviamente, ao consultar a disponibilidade no site, não havia mais vaga alguma. Como de praxe, consultei hotéis na redondeza, através do Hoteis.com (reservas em reais, sem IOF, cancelamento possível, possibilidade de parcelamento e hospedagem grátis no programa de fidelidade). Diversas opções relativamente perto do Parque, então acabei não me preocupando muito.
Como a visita aconteceria na segunda quinzena de outubro, comecei a pesquisar sobre as condições do tempo. Nesta época já começa a esfriar bastante (principalmente durante a noite), podendo chegar a temperaturas negativas. Um colega de trabalho, que já havia ido nesta época, pegou neve. Duas semanas antes da viagem, por curiosidade, novamente consultei a disponibilidade de me hospedar dentro do Parque. Quase não acreditei: havia um quarto vago, por U$ 100,00, no Maswik. É o mais simples dentre todos, mas encaixaria perfeitamente nas nossas necessidades. Nunca fui tão rápido em uma reserva como essa vez.
Chegamos tarde no parque (após dirigir 880km em um dia). Não havia ninguém controlando a entrada, cancelas abertas. Pagamos o ticket diretamente em um totem, usando cartão de crédito (U$ 20,00 válidos por 7 dias). Andamos bastante até chegar ao hotel, em estradas bem sinzalidas. Checkin rápido, cansaço e fome enormes.
No próprio Maswik existe um restaurante, com várias com diversos tipos de comida (pizza, lasanha, burritos, lanches, etc). Apesar de deter o “monopólio” do local, não achei os preços muito mais caros do que vimos em toda viagem.
Ao acordar, o primeiro impacto: 1 grau abaixo de zero, segundo os termômetros. Mas como se trata de um local muito seco, a sensação térmica não era das piores (pra quem mora em um estado úmido como o Rio Grande do Sul). Dia longo pela frente, café da manhã caprichado.
Dica: se você gosta de fotografia, na recepção do lodge e também nos quartos, existe uma tabela com o horário do nascer e pôr-do-sol.
Água, lanches, maquina fotográfica e tripé na mochila, hora de pegar a trilha. Apesar de haver linhas de ônibus dentro do parque (grátis), que percorre diversos pontos de interesse, resolvemos ir caminhando até onde o corpo aguentasse – e segundo dados do GPS do celular, andamos 14,92 km. Trilhas bem sinalizadas (e banheiros em diversos pontos). O cenário dispensa qualquer comentário.
Apesar de nossa visita ter acontecido em um sábado, não havia muita gente nas trilhas. Caminhamos tranquilamente e paramos em todos os pontos que achamos legais. Outra coisa que nos impressionou demais: o “barulho do silêncio”. Encontramos uma mesa em uma trilha e acabamos almoçando por lá mesmo (um saco de batata Lays). Talvez o almoço mais espetacular que já tivemos.
Dicas Gerais:
- Tempo ideal de visita: 02 dias, para que seja possível estar descansado e pegar o nascer e pôr-do-sol.
- Onde ficar: recomendo fortemente um dos hotéis dentro do parque. Caso não haja disponibilidade, tente alguma cidade perto (Flagstaff / Tusayan)
- Para as trilhas: água, lanche e protetor solar.
- Obrigatório: máquina fotográfica. Não irá faltar oportunidade para fotos sensacionais.
- Se você cansar, vá até a parada mais próxima e volte de ônibus.
- Se não é fã de caminhada, nem gosta de depender de ônibus, vá de carro mesmo. Estradas nota 10.
- Voltaríamos?: COM TODA CERTEZA!